
«Dinheiro. Que outra razão no mundo? Dinheiro: a única propriedade móvel, a suprema omelete sem ovos, a única essência igualmente visível e invisível, fogo que arde sem se ver, um contentamento descontente, a alegria sofrida de servir a quem vence o vencedor, nosso servo e nosso mestre, um perfume sem cheiro, aquilo que, quanto menos se tem, mais nos pesa. Dinheiro, sim, dinheiro. Dinheiro era o que movia a multidão pelas catacumbas do metro, labirintos intestinos de uma cidade maior que a própria vida.»
Rui Zink in Dádiva Divina
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