quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A burrice..


Eu gostava de ser burra por um dia. Mesmo... mas uma burra tão burra, mas tão burra que que os meus neurónios fariam parte de um "case study" de gente completamente estúpida e sem qualquer interesse (excepto o de enfiarem-se num barquinho e exilarem-se nas Berlengas) para a Humanidade. Gostava mesmo. Porque só assim ía conseguir perceber e saber lidar com a burrice dos outros.
É que assim é difícil.
Armar-me em intermediária entre gente sábia e quem está próximo da actividade cerebral de uma courgette pode soar a pequena amostra de Madre Teresa de Calcutá, mas a verdade é que acorda a "homicida por lapidar" que há em mim.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

DRAMA..OS COLLANTS!!!


Não nos bastava ter o período, TPM, ir à depilação,como ainda nos temos que render a uma coisa parva só porque a sociedade assim o obriga: os collants.
Quem foi mesmo a alma peregrina que inventou os collants? Aposto um esquentador, um microondas, um aspirador e até arrisco na placa vitrocerâmica como foi um homem que gostava de ser mulher para não sentir volume na cuequita! Só pode....
Há coisa mais parva que os collants?! Sim, a dobrada, mas... vá... há quem coma e, pior, aprecie. Já os collants (e não as collants ou o collant!) são parvos por si só e só dão trabalho:
1- Vesti-los é uma imagem quase deprimente como o circo. E é tão sexy como descascar batatas... a cena do abanar das ancas exaustivamente enquanto puxa a lycra ou seja lá o que fôr até à cintura, faz tanta pena como os homens estátua;
2- Não combinam de todo com as unhas. Basta uma pequena falha na unhaca ou até no verniz escolhido a dedo para fazer logo uma malha do tamanho das Montanhas Rochosas... e depois? Drama venezuelano para as 36 horas seguintes!;
3- Não podem ser usados ao pé de quem fuma... basta o vento mudar de direcção e o buraco (da meia, convenhamos) é garantido;
4- "Ah mas são quentinhos!" - Também as calças de neve e não andamos com elas vestidas em Lisboa, certo?!! Ceeeerto!...
Alguma utilidade? Não! Nem com a evolução tecnológica dos colants que agora, na era moderna, são chamados de leggings (que são os meus novos melhores amigos). Podem ser mais grossos, mas não deixam de ser frágeis... sobretudo quando há botas fashion e fechos e velcros por perto...
Não dá para inventar uns com malha de ferro???

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O que queres saber..



Gosto do sol, gosto do mar,gosto da areia nos pés, gosto de ficar ate ao anoitecer na praia,gosto da minha cadela,gosto do cheiro a banho tomado, gosto de sentir o cabelo molhado,gosto de fotografia a preto e branco, gosto de cheiro de colónia de bebe.Gosto do cheiro de maresia,gosto do nascer do sol, gosto da minha carrinha,gosto de ver as nuvens,gosto de conduzir pela costa vicentina, vou gostar de ir a Indonésia, gosto de Paris,gosto Nova Iorque,gosto do Rio alias gosto do Sul do Brasil.Gosto de viajar, gosto do meu Sporting, gosto de sair, gosto de ler, gosto de vila nova de mil fontes, gosto de escrever, gosto de caipirinhas,gosto de pintar e de criar.Gosto de responder e gosto que me respondam.Gosto de decoração e de personalizar presentes. Gosto de jantar fora,gosto de falar ao telefone,Gosto de surpresas, gosto também de surpreender os outros,gosto de gente bem educada e gosto do sorriso dos outros.Gosto da minha família, de ser mimada e de mimar os outros...Gosto de sushi, gosto de chá branco e gosto de um bom tinto alentejano. Gosto de estar com os amigos, gosto de ter projectos e gosto de ter várias opções.Gosto de pensar e gosto das vezes em que me atiro de cabeça. Gosto de "viajar na maionese",gosto do meu mundo de cristal,gosto que pensem que não regulo bem... Gosto de separar os legumes no prato, sobretudo o feijão verde, e gosto de ler vários livros ao mesmo tempo, gosto de ver as revistas de trás para a frente,gosto de trabalhar e gosto daqueles dias que servem para vegetar. Gosto do calvin and hobes,Gosto de gritar e gosto de ouvir a voz dos outros.Gosto de olhar e de alguns olhares.Gosto daqueles amigos que o são, por tudo e por nada, e gosto de ser amiga deles também.
Gosto daqueles momentos de primma donna e gosto dos momentos que abrem os olhos e lavam a alma.Gosto de sangria de champagne e daqueles lanches de marisco à beira-mar e ao fim de uma tarde de calor. Gosto de caracóis,gosto de cerveja.
Gosto de amizades feitas num segundo e que duram uma vida inteira... gosto de conversas pela noite dentro,gosto de rir,gosto de dançar, gosto de festas no verão,gosto de andas descalça e de andar de toalha pela casa,gosto de sandálias e de vestidos,gosto de cantar no carro,gosto dos momentos que viram fotografias de sítios, gentes e cheiros e que marcam um momento qualquer, que nunca é esquecido...
Gosto do meu trabalho e das pessoas à minha volta. Gosto de cafes e gosto de jantares intermináveis..Gosto de amar, gosto de me apaixonar, de conquistar e ser conquistada!... Gosto de homens... e gosto de pensar que apesar dos mil defeitos, nunca vou gostar de viver sem eles.Não gosto de amuos ridículos, não gosto de beije nem gosto de pessoas cinzentas. Não gosto de atrofios para cima de mim quando acabei de chegar e não gosto de assumir os erros dos outros.Não gosto de pessoas que acham que sabem mentir e não percebem que as coisas acabam sempre por se saber...Não gosto de palmadinhas nos ombros e de pessoas que se encostam à sombra da bananeira... e que por Deus tinham nascido tubérculos...Não gosto de não poder rir. Não gosto que me controlem nem que me enganem... e não gosto que me acordem com gritos.Não gosto de sentir o cheiro a "solidariedade humana", nem gosto de muita gente a respirar para cima de mim e muito menos gosto dos que cospem no chão.Não gosto de me sentar numa cadeira "quente!,não gosto de muito trânsito e não gosto das pessoas que se arrastam nos passeios como se andassem em procissão.Não gosto de iscas... não gosto do cheiro a fritos e nunca vou conseguir gostar de dobrada.Não gosto de falsidades, não gosto de ciumeira, não gosto de mas vibrações,não gosto gosto de desconfianças e não gosto que me tentem pisar quando ajudo os outros.Não gosto de gente parada,não gosto que me subestimem,Não gosto das palavras "carícia", "linda" e "fofa" e não gosto de abracinhos em atitude de "vamos-ser-amiguinhos-para-sempre"!Não gosto de indecisões, de politicamente correcto e de ter que disfarçar uma gargalhada! Não gosto de chuva.Não gosto de gatos e lagartixas.Não gosto de gente estúpida e não gosto de olhares condescendentes.Não gosto de pés,não gosto de tirar as espinhas ao peixe, não gosto de ser maltratada, não gosto de gente mal educada!Não gosto de cair, nem gosto da ideia de ter que mudar para agradar aos outros.Não gosto que me irritem, não gosto de chorar,não gosto de me sentir presa, não gosto de quem tenta apagar o brilho dos outros e não gosto de ser contrariada quando o que gosto mesmo é de viver!...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Dádiva divina.


«Dinheiro. Que outra razão no mundo? Dinheiro: a única propriedade móvel, a suprema omelete sem ovos, a única essência igualmente visível e invisível, fogo que arde sem se ver, um contentamento descontente, a alegria sofrida de servir a quem vence o vencedor, nosso servo e nosso mestre, um perfume sem cheiro, aquilo que, quanto menos se tem, mais nos pesa. Dinheiro, sim, dinheiro. Dinheiro era o que movia a multidão pelas catacumbas do metro, labirintos intestinos de uma cidade maior que a própria vida.»



Rui Zink in Dádiva Divina


só queria que visses. com os teus próprios olhos,esses que são infantis na cor.

olhasses como deverias olhar, percebas o que tens que ver.

aqui estou eu. atrás de mim. à tua espera.

aí estás tu. à tua frente. a ir embora

.só queria que visses. pela tua própria mão. sintas como deverias sentir.

aqui estamos nós.. os tais que somos um..

só queria que pegasses em ti. desses um nó no teu orgulho e te lembrasses de como é.

digo, de quem eu sou.e tu continuas a querer o que queres.. teimas em lembrar o tempo em que nos esquecemos de nós.

tu insistes. eu insisto.

tu vais. eu fico.
à tua procura...

Demasiado perto..


Custa tanto parar para olhar para dentro de nós,principalmente quando somos assombrados por dúvidas e incertezas… por um passado inconstante, pelo tudo e pelo nada, por um sonho que deixamos adormecer dentro de nós e que agora começa a vislumbrar alguma luz, no talvez….Que mania irritante a minha de não conseguir viver os momentos, de saltar etapas, de não olhar com olhos de ver, e de fugir mal sinto que não vou conseguir controlar as coisas…Que mania constante a minha de não conseguir ser mais eu, de não conseguir acreditar, de não gostar e de ter medo de arriscar, e pensar mil e uma vezes nas consequências dos impulsos…Mas custa tanto errar nem que seja uma única vez... custa sentir que me podia ter empenhado ainda mais e que o empenho que tive não valeu de nada, e para ser sincera… eu sei que fantasiar dá sempre mais jeito…E voltar a repensar errar é sempre o caminho mais fácil, se calhar porque está no sangue ou pura e simplesmente porque sabe bem continuar a caminhar de forma surrealista, como se não passássemos de malabaristas que gostam de desafiar os sentidos, na constante vontade de sentir algum prazer… sempre perdidos por entre paredes a mais, por frases feitas sem sentido, por sonhos que não alimentam nem sequer o ego de quem os sonhou…E afinal será este o resto de tudo que ficou… a minha verdade… o meu desafio?E depois lembro-me de ti e do quanto me tornas diferente... de como fazes sobressair o melhor de mim…não imaginas o quanto gosto de estar contigo, de quando ficamos só os 2 e o nosso olhar se fixa minutos sem dizermos uma palavra, mesmo quando a distancia dói e o nós é algo impossível…E é nessas alturas que gosto de pensar que vais guardar aquele lugar em ti só meu… que vais descobrir os meus sete sorrisos e que vais gostar especialmente de cada um deles… e que vais sentir vontade de estar, de querer mais, de querer ficar… de querer acreditar… no quase perfeito…no momento certo… no dia em que fará sentido estar perto demais mesmo não passando de um sonho…